Uma Retórica Parrhésica?– enquadramento de duas práticas retóricas contemporâneas

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Samuel Mateus

Resumen

O dizer-tudo ou franco-falar (parrhesia) chama-nos a atenção para a necessidade de definir as fronteiras da retórica. Na concepção clássica, parrhesia e a retórica colocavam-se como actividades discursivas incompatíveis entre si. No entanto, algumas actividades comunicacionais marcadamente modernas vieram reconfigurar este espaço de mútua anulação. Perante as transformações que a retórica sofreu com a intensificação da mediatização urge equacionar o grau de influência entre retórica e parrhesia. No que se segue, descreve-seum espaço hodierno de recíproca afectação entre retórica e parrhesia. Por um lado, a parrhesia aparenta manifestar-se retoricamente no discurso publicitário através da sua inclusão enquanto tropo retórico, sendo inclusivamente uma figura indispensável da elocução retórica do ponto de vista do pathos. Por outro lado, a parrhesia parece manifestar-se na própria prática profissional e deontológica do jornalismo como um tipo de discurso intrínseco à própria legitimidade do jornalista. Deste modo, sublinha-se a possibilidade de uma retórica de pendor parrhésico. 

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Cómo citar
Mateus, S. . (2022). Uma Retórica Parrhésica?– enquadramento de duas práticas retóricas contemporâneas. Rétor, 6(2), 198–215. Recuperado a partir de http://www.aaretorica.org/revista/index.php/retor/article/view/92
Sección
Artículos