Da captação e subversão de provérbios aos enunciados aderentes: uma breve genealogia do estudo discursivo dos enunciados sem texto
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Resumen
Neste artigo, apresentamos uma breve genealogia do estudo discursivo de alguns “enunciados sem texto”, engendrado pelo discursivista francês Dominique Maingueneau, ao longo das últimas quatro décadas. Partimos do primeiro trabalho desenvolvido pelo autor em parceria com A. Grésillon, intitulado Polyphonie, proverbe et détournement: ou un proverbe peut en cacher un autre, publicado na Revista Langages, n. 73, em 1984, no qual se questiona em face dos provérbios o quadro enunciativo prototípico. Na sequência, discutimos a teoria da aforização discursiva, proposta pelo autor no livro Les phrases sans texte, publicado na França em 2012 e no Brasil em 2014, que consolida sua proposta de outro regime enunciativo em oposição ao regime do texto. Por último, discutimos a teoria dos enunciados aderentes, publicado no Brasil em 2022 no livro Enunciados aderentes, em que o autor elabora outro conceito desvinculado das análises tradicionais de gênero. Nossa questão de fundo, por um lado é mostrar a coerência epistemológica interna da discussão maingueneana que elabora aparatos conceituais diversos para analisar a multiplicidade de fenômenos decorrentes da heterogeneidade do discurso e por outro, que esses aparatos conceituais constituem uma forma totalmente inovadora de se pensar a enunciação.
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