A (não) retórica do fascismo: uma interseção filosófica a partir da retórica realista

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Resumen

É possível que a retórica, a milenar arte de convencer pela palavra, seja projetada pelo viés da filosofia política, reflexionando-se sobre quais regimes melhor se lhe adequariam. Quanto aos democráticos, parece não haver dúvidas de que são o seu ambiente natural, mas o tema gera questões com relação aos autoritarismos. Pensando nos extremos, coloca-se a indagação: o fascismo, apesar de todas as barbaridades fisicamente perpetradas e de tudo o que atualmente representa, refletido no plano meramente discursivo e fora do panorama interpretativo dos direitos humanos, de maneira geral, seria um fenômeno retórico, nos termos da retórica realista? Esse é o problema que o presente artigo busca responder.

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Ferreira Lorenzoni, L. (2023). A (não) retórica do fascismo: uma interseção filosófica a partir da retórica realista. Rétor, 12(2). Recuperado a partir de http://www.aaretorica.org/revista/index.php/retor/article/view/180
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