A (não) retórica do fascismo: uma interseção filosófica a partir da retórica realista
Contenido principal del artículo
Resumen
É possível que a retórica, a milenar arte de convencer pela palavra, seja projetada pelo viés da filosofia política, reflexionando-se sobre quais regimes melhor se lhe adequariam. Quanto aos democráticos, parece não haver dúvidas de que são o seu ambiente natural, mas o tema gera questões com relação aos autoritarismos. Pensando nos extremos, coloca-se a indagação: o fascismo, apesar de todas as barbaridades fisicamente perpetradas e de tudo o que atualmente representa, refletido no plano meramente discursivo e fora do panorama interpretativo dos direitos humanos, de maneira geral, seria um fenômeno retórico, nos termos da retórica realista? Esse é o problema que o presente artigo busca responder.
Descargas
Detalles del artículo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Las obras se dan a conocer en la edición electrónica de la revista bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional. Se pueden copiar, usar, difundir, transmitir y exponer públicamente, siempre que i) se citen la autoría y la fuente original de su publicación (revista, editorial y URL de la obra); ii) no se utilicen para fines comerciales; y iii) se mencione la existencia y especificaciones de esta licencia de uso.
Citas
Adeodato, J. M. (2014). Uma teoria retórica da norma jurídica e do direito subjetivo. 2. ed. São Paulo: Noeses.
Adeodato, J. M. (2015). Uma crítica retórica à retórica de Aristóteles. Revista Brasileira de Estudos Políticos, Belo Horizonte, 110, 35-73.
Adeodato, J. M. (2017). Retórica realista e decisão jurídica. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, 18 (1), 15-40.
Adeodato, J. M. (2018). Tópica, argumentação e Direito dogmaticamente organizado. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito (RECHTD), 10 (2), 128-137.
Arendt, H. (2012). Origens do totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. 1. ed. São Paulo: Companhia das letras.
Aristóteles (2010). Órganon: Categorias, Da Interpretação, Analíticos anteriores, Analíticos posteriores, Tópicos, Refutações sofísticas. Tradução: Edson Bini. 2. ed. Bauru: EDIPRO.
Aristóteles (2005). Retórica. Prefácio e introdução: Manuel Alexandre Júnior. Tradução e notas: Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa; Imprensa Nacional; Casa da Moeda.
Bobbio, N. (1995). Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista.
Casara, R. (2018). Sociedade sem lei: pós-democracia, personalidade autoritária, idiotização e barbárie. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Chaui, M. (2002). Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, vol. 1. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras.
Costa, R. (2019). A retórica na Antiguidade e na Idade Média. Trans/Form/Ação, Marília, 42, n. spe, 350-390.
Eco, U. (2019). O fascismo eterno. Tradução de Eliana Aguiar. 5. ed. Rio de Janeiro: Record.
Kakutani, M. (2018). A morte da verdade: notas sobre a mentira na era Trump. Tradução de André Czarnobai e Marcela Duarte. Rio de Janeiro: Intrínseca.
Konder, L. (1977). Introdução ao fascismo. Rio de Janeiro: Edições do Graal.
Lakatos, E. M. Marconi, M. de A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Paxton, R. (2007). A anatomia do fascismo. Tradução de Patrícia Zimbres e Paula Zimbres. São Paulo: Paz e Terra.
Pazzinato, A. L. Senise, M. H. V (2002). História Moderna e Contemporânea. 14. ed. São Paulo: Ática.
Platão (1970). Górgias ou A oratória. Tradução de Jaime Bruna. São Paulo: Difusão Européia do Livro.
Stanley, J. (2020). Como funciona o fascismo: a política do “nós” e “eles”. Tradução de Bruno Alexander. Porto Alegre: L&PM.